quarta-feira, 28 de julho de 2010

E eu na contagem regressiva....é como pular num buraco escuro. Você não sabe o que te espera, mas ta doida pra descobrir. Claro que ter ficado grávida foi muito bom, a realização de um grande desejo, mas já deu. Tenho que admitir que foi uma gravidez sofrida. Cansaço, dor, medo, ansiedade, solidão. É, solidão. Porque algumas angústias nunca foram verbalizadas. Só ficaram dentro de mim.
Nesses últimos dias venho notando o quanto o olhar das pessoas mudou. Sempre sou tratada com carinho, atenção, respeito. Os carros param para eu atravessar a rua. As mulheres sorriem pra mim e pegam na minha barriga. Aliás, ainda bem que não tenho frescura (tem mulher que não gosta). O que tem de gente que mete a mão na minha barriga....afff.
Eu pensei que nesse momento estaria morrendo de medo do parto. Não estou. Graças a Deus, estou forte, confiante e louca pra esse dia chegar. Pra ver meu bebê. Pra que a nossa relação caminhe pra outro nível. Pra que ele conheça de quem é a voz que canta desafinadamente várias músicas de amor; pra que ele sinta melhor as mãos que alisam a barriga toda vez que ele faz um movimento brusco; pra que ele se aninhe nos braços da pessoa que quer estar ao seu lado por muitos e muitos anos....

Ih, Dana adorei seu comentário e sua boa energia...eu tb sou assim. Tem blogs que amo de paixão mas simplesmente não comento. Seja sempre bem-vinda....

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Freda,
aquele comentário que vc está triste por não postar, etc, etc...
vc saiu do orkut né?
lá coloquei algumas fotos da barriga....

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Sem paciência...tô chegando ao meu limite. Oito meses praticamente em cárcere privado. Não dirijo, não saio só. Uma ida ao shopping é uma operação de guerra. Só vou se sei o que quero comprar, onde quero e se estou realmente precisando disso. Do contrário, minha casa, minha cama. Aliás, não sei como não engordei horrores. Não faço nada. Passo o dia deitada, dormindo ou assistindo tv. Até ler, que eu adoro, perdeu o sentido. Aliás, tantas coisas perderam o sentido...
Não fui assistir Sexy and the City 2, não li todos os livros de gravidez que quis, não mostrei minha barriga para o mundo. Vivo reclusa. Claro que me dá uma certa tristeza. Só que foi essa a gravidez que tive, com minhas dificuldades e superações. Namorado, mãe, sogra, todos estão sendo muito doces comigo. Só que é horrível estar dependente. Queria fazer minhas coisas, ir e vir sem ter que pedir. Mas nesses últimos tempos está cada vez mais difícil. Tomar última dose da vacina anti-tétano? Alguém tem que me levar.
Ir pegar meu diploma depois de oito anos de formada?Alguém tem que me levar.
Comprar algumas coisas do nenem que ainda falta?Alguém tem que me levar.
Algumas amigas querem marcar um lanchinho aqui em casa, só que quando penso em arrumar, passar uma tarde inteira batendo papo, me dá uma preguiiiiiiiiiiça.
Afff...nem eu me aguento.


Freda, não publiquei seu comentário porque não sei em que pé está a sua questão de privacidade. Não sei qual é a dimensão do que você passou ou está passando. Desconfio de algumas coisas. Espero que ainda esteja namorando e feliz. Morrendo de saudades de saber sobre você.

terça-feira, 6 de julho de 2010

Muito cansada. Dizem que quando a mulher fica cansada e resolve comprar tudo que falta, é sinal de que vai parir. Eu me encontro nessas duas situações...rs.
Só que eu ainda tenho que me segurar. Ainda vou entrar no oitavo mês. Gostaria de chegar até o nono.
Vamos ver...
Estou triste. A Freda, que tem um dos blogs que eu mais gosto, resolveu parar de escrever. Algo muito sério aconteceu; não sei o quê.
Eu tenho medo dos blogs. Na verdade, eu tenho medo das pessoas. É por isso, que eu não divulgo onde moro, o nome do Namorado, essas coisas...
Falo dos meus sentimentos, falo do meu dia-a-dia mas não coloco fotos. Tenho muita vontade. Como por exemplo do album que fiz da minha gravidez. Só que eu sei que para cada pessoa que torce por nós, existe outra (ou outras) que querem trazer tristeza, sentimentos ruins. Enfim...
Espero que ela ainda mantenha contato. Espero que essa fase passe. Espero que as pessoas ruins se afastem...

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Muito tempo sem postar. É louco isso, os dias passam, eu tenho a maior vontade de contar tudo que vem acontecendo, mas não tenho forças. Minha vida de “casada” vai indo bem. Tem dias que eu tenho vontade de esganar Namorado; outros, não canso de agradecer o cara que eu escolhi pra compartilhar minha vida.
Nossa maior diferença vem da questão das festas. Namorado foi criado com a casa sempre cheia. Só que a mãe é péssima cozinheira (faz cada gororoba...afff) e não se importa de servir o que tiver pronto no fogão. Já eu, sou super fresca. Gosto de uma boa comida, pratos bem servidos, taças combinando. Imagine a diferença de criação.
No dia dos Namorados inventamos um jantar. Já falei aqui que acho um saco ter que ir para um restaurante nessa data. Como nossos amigos são casados ou namoram super sério (o que dá no mesmo) resolvemos fazer um jantar lá em casa. O que era pra ser um encontro de seis pessoas, virou de 16. Isso mesmo: oito casais na minha casa.
E eu, que não casei oficialmente e por isso não recebi todos aqueles presentes supérfluos, tive que sair em pleno sábado de Dia dos Namorados para um shopping entupido pra comprar taças de vinho, copos de whisck (é assim que se escreve?) suportes de travessas. A minha sorte é que tinha combinado com a faxineira para ir arrumar a casa no Domingo e com isso, não precisei limpar a bagunça. Minha casa ficou de pernas pro ar. Todo mundo adorou mas até chegar a esse ponto, rolou muito estresse com Namorado e altas brigas. Ele queria que eu ficasse descansando e, na hora que o pessoal chegasse me levantasse pra receber todo mundo. Como assim? Sem decorar uma mesa? Sem lavar copos, talheres, pratos? Sem conferir as bebidas e as comidas? Só homem mesmo...
Meu bebê está ótimo. Amanhã faço 31 semanas. Nossa, tô quase lá. Criando uma expectativa, uma ansiedade, um medo da mudança que vai acontecer. A Freda escreveu no blog dela sobre a vontade de não ter filhos (ou a falta de vontade de tê-los). Super compreendo. Eu mesma sempre pensei assim. Nunca achei mulher grávida bonita, nunca achei que maternidade é algo divino, odeio criança barulhenta. Não tenho paciência. Só que de repente aconteceu. O desejo, a vontade de ter um bebê, de cuidar, de mudar de fase. De deixar de ser filha para ser mãe. E quanto mais eu descobria meu problema de infertilidade, mais meu desejo aumentava . Só que isso não é regra e acredito que o objetivo é ser feliz. Com filhos, sem filhos, com marido sem marido. A gente que tem ditar as normas da nossa vida. Porque somos nós que vamos pagar o preço. Imagine se eu engravidasse só porque as pessoas acham que isso é o “normal”? Eu, do jeito que não gosto de manuais, iria enlouquecer. Mas ainda tenho medo. Tenho medo da mãe que serei, da família que eu e Namorado formaremos. Tenho medo de como vou enfrentar os problemas, se serei uma mãe que irá formar um bom homem, com decência na vida. Um homem que respeite as mulheres, que não seja cafajeste. Um homem que entenda o valor do trabalho e do dinheiro, que lute por seus objetivos e não espere que as coisas caiam do céu. E se ele for um homem que goste de homem(pode ser né?) que eu seja uma mãe parceira, aberta e que respeite as escolhas do meu filho. Enfim, quero que ele me considere um abrigo, um porto seguro, uma parceira de vida.
Será que estou ficando louca com tantos questionamentos?
Bem possível...rs.