quinta-feira, 1 de julho de 2010

Muito tempo sem postar. É louco isso, os dias passam, eu tenho a maior vontade de contar tudo que vem acontecendo, mas não tenho forças. Minha vida de “casada” vai indo bem. Tem dias que eu tenho vontade de esganar Namorado; outros, não canso de agradecer o cara que eu escolhi pra compartilhar minha vida.
Nossa maior diferença vem da questão das festas. Namorado foi criado com a casa sempre cheia. Só que a mãe é péssima cozinheira (faz cada gororoba...afff) e não se importa de servir o que tiver pronto no fogão. Já eu, sou super fresca. Gosto de uma boa comida, pratos bem servidos, taças combinando. Imagine a diferença de criação.
No dia dos Namorados inventamos um jantar. Já falei aqui que acho um saco ter que ir para um restaurante nessa data. Como nossos amigos são casados ou namoram super sério (o que dá no mesmo) resolvemos fazer um jantar lá em casa. O que era pra ser um encontro de seis pessoas, virou de 16. Isso mesmo: oito casais na minha casa.
E eu, que não casei oficialmente e por isso não recebi todos aqueles presentes supérfluos, tive que sair em pleno sábado de Dia dos Namorados para um shopping entupido pra comprar taças de vinho, copos de whisck (é assim que se escreve?) suportes de travessas. A minha sorte é que tinha combinado com a faxineira para ir arrumar a casa no Domingo e com isso, não precisei limpar a bagunça. Minha casa ficou de pernas pro ar. Todo mundo adorou mas até chegar a esse ponto, rolou muito estresse com Namorado e altas brigas. Ele queria que eu ficasse descansando e, na hora que o pessoal chegasse me levantasse pra receber todo mundo. Como assim? Sem decorar uma mesa? Sem lavar copos, talheres, pratos? Sem conferir as bebidas e as comidas? Só homem mesmo...
Meu bebê está ótimo. Amanhã faço 31 semanas. Nossa, tô quase lá. Criando uma expectativa, uma ansiedade, um medo da mudança que vai acontecer. A Freda escreveu no blog dela sobre a vontade de não ter filhos (ou a falta de vontade de tê-los). Super compreendo. Eu mesma sempre pensei assim. Nunca achei mulher grávida bonita, nunca achei que maternidade é algo divino, odeio criança barulhenta. Não tenho paciência. Só que de repente aconteceu. O desejo, a vontade de ter um bebê, de cuidar, de mudar de fase. De deixar de ser filha para ser mãe. E quanto mais eu descobria meu problema de infertilidade, mais meu desejo aumentava . Só que isso não é regra e acredito que o objetivo é ser feliz. Com filhos, sem filhos, com marido sem marido. A gente que tem ditar as normas da nossa vida. Porque somos nós que vamos pagar o preço. Imagine se eu engravidasse só porque as pessoas acham que isso é o “normal”? Eu, do jeito que não gosto de manuais, iria enlouquecer. Mas ainda tenho medo. Tenho medo da mãe que serei, da família que eu e Namorado formaremos. Tenho medo de como vou enfrentar os problemas, se serei uma mãe que irá formar um bom homem, com decência na vida. Um homem que respeite as mulheres, que não seja cafajeste. Um homem que entenda o valor do trabalho e do dinheiro, que lute por seus objetivos e não espere que as coisas caiam do céu. E se ele for um homem que goste de homem(pode ser né?) que eu seja uma mãe parceira, aberta e que respeite as escolhas do meu filho. Enfim, quero que ele me considere um abrigo, um porto seguro, uma parceira de vida.
Será que estou ficando louca com tantos questionamentos?
Bem possível...rs.

Um comentário:

Naná disse...

Olá! Eu sou mãe de um bebê de 4 meses e também nunca pensei que um dia fosse ser mãe. Tinha milhões de dúvidas de o que fazer, como fazer, qdo fazer. Não se preocupe, quando o bebê nascer, todas as respostas virão. Com o nascimento do meu filho eu descobri que para ser mãe, basta ser, não é preciso mais nada. Boa sorte e felicidades!