sexta-feira, 26 de agosto de 2011


Há um ano eu estava com um frio na barriga incontrolável. Há um ano, eu estava com uma serenidade diferente, uma força, uma preocupação apenas com você. Nenhuma dor que eu sentisse, me daria medo.
Há um ano, eu falei para seu pai “se alguma coisa me acontecer, não desampare minha mãe”.
Há um ano, falei para sua avó que “se alguma coisa me acontecer, nunca desampare Namorado. Faça de tudo para que ele siga em frente”.
Graças a Deus, eu estou aqui.
E você nasceu. Em meio a muita anestesia, muitas imagens desconexas, a coisa que mais tenho forte dentro de mim é o seu choro forte e decidido e seu rostinho encostando no meu.
A partir daí tudo em mim mudou. Costumo dizer que quem nasceu no dia 27 de agosto de 2010 fui eu. Nasceu a mãe insegura, nasceu a mãe apaixonada, nasceu a mãe que coloca qualquer coisa em último lugar, exceto você.
Você é o meu maior amor, o meu maior presente. Você justifica a minha existência, a minha vontade de viver.
Você veio pra essa vida para me ensinar.
Todos os dias, você me ensina que eu tenho que ter o meu melhor sorriso às 5h da manhã porque você não tem culpa se a mamãe gosta de dormir até tarde.
Passei a perceber mais as pessoas ao meu redor. Você olha as pessoas nos olhos, observa cada detalhe e depois abre o sorriso mais lindo do mundo. Às vezes noto que a pessoa está meio triste, cansada, mas ao ver seu sorriso muda de semblante.
Claro que existem pessoas de alma ruim – e se é uma coisa que a vida vai te ensinar filho, é que existem pessoas assim. Você sorri, sorri, mas nem te olham. Sabe o que eu acho lindo? Você continua sorrindo e buscando o olhar da pessoa. Você faz a sua parte.
E você se encanta todos os dias. Se encanta com um avião, se encanta com o mar. Se encanta com os brinquedos no parque.
E você sorri e sorri e sorri.
E se é uma coisa que escuto demais dos que te conhecem é o quanto você é feliz. Isso me enche de alegria.
Porque o que eu posso te desejar na vida meu filho, é felicidade.
Não aquela felicidade gratuita que só existe nos filmes, e sim, a felicidade como estado de espírito.
A felicidade em saber que a vida muitas vezes não será generosa, mas você terá sempre uma família ao seu lado, te amando desse jeitinho fofo que você é, respeitando suas escolhas e caminhando ao seu lado.
Eu e seu pai queremos muito estar sempre assim: caminhando ao seu lado.

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