terça-feira, 8 de abril de 2008

Meu final-de-semana foi muito bom. No sábado, eu e Namorado marcamos para ir ao cinema e, literalmente, na porta do shopping desistimos. Fomos a um restaurante de comida japonesa e encerramos a noite em um salão de dança. É, tipo de dança de salão. Nós éramos os mais novos do lugar!!!!
Eu me diverti horrores, dancei de rosto colado, ri muio e até fiz amizade com uma senhorinha de uns 70 anos que vai lá todos os sábados com uma amiga "só pra dançar, minha filha. É tudo com muito respeito". Adorei.
No domingo fui a um almoço na fazenda de Namorado e, apesar de me dar agonia estar em um lugar com um silêncio tão pertubador, foi uma tarde agradável. Na volta acabei ficando na casa dos pais de Namorado assistindo tv. Só fui chegar em casa lá pelas 23h. Morta de sono.
Sabe, adoro a família de Namorado. Em especial minha sogra (pasmem!). Ela é uma grande mulher. Sabe me cativar sem ser excessiva, sabe estudar o terreno antes de pisar e, principalmente, sabe que pra manter o carinho do filho têm que ter uma boa convivência comigo. O resultado é uma relação extrema de harmonia e respeito. Além do mais, ela é uma mulher forte, guerreira e ao mesmo tempo terna. Uma mulher que frequenta bons lugares, já viajou pra muitos países, sabe o que é bom, mas consegue ser mais simples do que muita gente metida a besta (e que não tem nada) por aí.
Mas não estou bem. Vivo na corda bamba da depressão. Quando Namorado me deixa em casa eu tenho que me enxergar e aí meus fantasmas resolvem me rodear. Ando muito só. Não tenho amigos, não me sinto parte de nenhum grupo. Sinto falta de pertencer, sabe?
Tem uma música de Leoni (mais anos 80 impossível) que diz:
"Eu não vejo mais, olhando as fotos do passado;
o habitante deste corpo, esse estranho doublê de retrato..."
É assim como me sinto: doublê. Olho no espelho e não me reconheço, não sei quem sou. Não vejo em mim algumas qualidades que tanto me orgulhava.
É isso. Tentando encontrar uma saída em algum lugar, mas, principalmente, dentro de mim.

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