terça-feira, 31 de maio de 2011

Namorado há pouco tempo me disse que ele andava irritado porque todas as minhas frases começavam com 'será' ou 'e se'. Primeiro fiquei preocupada com o "irritado". Fiquei preocupada em saber que ele andava tão incomodado com uma atitude minha a ponto de perceber (já que ele é super desligado) e ainda se irritar.
Comecei a prestar atenção no meu dia-a-dia e concordei com ele. E comecei a me policiar. Principalmente quando o tema é Davi, essas palavras são mais frequentes.
Exemplo:

Será que passear com ele na rua não vai piorar a gripe?
E se eu der mamadeira ao invés da frutinha?

Coisas desse tipo...
E me tolhia, tolhia, a ponto de parar um pensamento no meio pra não falar será, será, será.

Eu tenho problemas com críticas. Eu tenho problemas com minha auto-crítica. Eu crio um modelo de pessoa que quero ser e persigo aquilo até o fim. A mulher ideal, a mãe ideal, o ser humano ideal.
E é só o ideal. Porque na vida real a gente está no gerúndio: buscando, perseguindo, tentando.
Ninguém é. No máximo, foi.
E eu queria ter todas as respostas. Só que não tenho.
E ddise a ele que tomei uma decisão. Se ele quiser continuar me acompanhando nessa vida vai ter que se acostumar com o será e o se. Porque é essa mãe que eu sou. A que questiona se pode fazer melhor; a que sabe que existem vários caminhos e que nosso filho não é uma ciência exata. Ele é lindo, múltiplo (filho de uma múltipla) e único.
Será que essa atitude é melhor pra Davi?
E se eu fizer diferente de tudo que me ensinaram? Não SERÁ melhor pra ele?
É isso.
Essa é mãe que consigo ser dentro das minhas limitações. Essa é mãe que quero ser. Essa é a mãe que posso ser.



Dana vc é sempre muito carinhosa. Vc tem blog? Adoraria saber mais de vc...bjo grande.

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