sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Pra quem me vê de longe, meu Natal foi muito triste. Pra mim, aquilo que procurei. Meu corpo, comparssa das minhas frustrações, me deu uma gripe pra que eu não precisasse encarar a realidade. Encarar que meu pai não está mais entre nós e esta era a data em que mais me sentia família. Encarar que meu pai biológico se resume a um telefonema de 56 segundos fielmente cronometrado pelo celular.
Encarar minha mãe entristecida pelos cantos, sentindo falta dos sorrisos, das gargalhadas, dos abraços. Qualquer definição de silêncio não consegue alcançar o peso do ar que minha casa tinha na véspera de Natal.
Ainda bem que não exiistiram testemunhas. Namorado teve que viajar para Salvador pois sua família é de lá.
Mas é isso. Como toda dor genuína, ela se acomoda. Se esconde entre as atribulações do dia-a-dia esperando um momento de fraqueza para aparecer mais uma vez.
Que venha o próximo Natal. Eu arranjo outra gripe, ou uma dor de cabeça, ou uma dor de dente....

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