terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Uns anos atrás ouvi alguma 'celebridade' dizer que completar 30 anos tinha sido uma das melhores experiências da vida. Na hora pensei "é a típica enganação!Ninguém acha que ter 30 anos é assim tão bom...".
Mas quer saber? Agora, na atual fase , concordo em gênero, número e grau.
De uns tempos pra cá percebo as mudanças que tive depois que passei dos vinte.
Em primeiro lugar perdi a ilusão. Pra alguns (e principalmente para os mais novos) ainda existe a idéia de que altas festas, gente bonita e rodinhas sociais podem ser a melhor coisa do mundo. Já estive em várias festas; já estive em lugares perfeitos. Daquele tipo em que os convites são disputados a tapa. A vida me ensinou que uma festa só é diferente nos primeiros 15 minutos. Depois é tudo igual.
Amigos? São perfeitos mas confie em si, conte consigo. Seja amiga mas não espere as mesmas coisas em troca. Não espere que só porque você acordou as 2 da manhã pra atender a ligação daquela sua amiga para ouvir pela 35º vez sobre aquele homem mulherengo que nunca vai assumir nenhum relacionamento sério, que ela vai fazer o mesmo por você. Não é porque você levou sua amiga no hospital quando ela estava com uma super virose, se preocupou com os remédios, que essa pessoa vai estar ao seu lado quando precisar . Pode ser que até faça, mas não é uma obrigação. Você faz porque quer e ponto. O que vier depois é consequência.
Sem falar na auto-confiança. Eu era sempre igual a todo mundo. Cabelo enorme e nem gostava tanto assim, roupas iguais. Malhava pra ver se ficava gostosa. Cortei meu cabelo. Muita gente gostou, mas é claro que tem sempre aquela antiga amiga do colégio que você não vê há séculos que tem a audácia de te falar "o que foi isso que você fez no cabelo?". Se eu fosse mais nova iria ficar extremamente insegura, me achando horrorosa. Hoje? Respondo em alto e bom som: Pois é, cortei o cabelo e nunca mais vou deixar crescer. Estou amando!
Também parei de ser paranóica com o corpo. Nunca fou ter a perna mais grossa, a barriga mais sarada do mundo. Claro que quando vejo uma menina assim passar por mim tenho uma pontinha de inveja mas, dentro das minhas limitações estou muito bem, obrigada.
Quando eu tinha vinte e poucos tinha uma idéia diferente do que era amor. Amar era muitas vezes uma estrada de mão única. Eu me apaixonava, me dedicava, vivia a MINHA história de amor.
Tem uma música de Paralamas do Sucesso que diz "saber amar, é saber deixar alguem te amar". Hoje, sou super adepta a isso.
Namorado não é o mais gato, o mais rico ou o mais paquerado do mundo (não que ele não tenha algumas dessas qualidades em pequena proporção ...rs).
Mas é o cara que me diz há dois anos, TODOS OS DIAS, que eu sou linda, que me ama. O homem que está comigo em todos os momentos torcendo por mim e me desejando o melhor.
Se eu pudesse deixar um conselho pra quem ainda não chegou aos trinta mas quer encurtar o caminho das lições, eu diria que essa é mais importante de todas: aprenda a amar a quem te ama, porque esse papo de amar sozinha é a maior perda de tempo de todas.
Afff...que papo de mulher velha. Mas é só trinta, viu? Quando chegar aos 40 aposto que vou achar isso tudo uma tremenda bobagem. Mas por enquanto é a minha verdade e acredito muito nela.

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